Wednesday 16 March 2016

Homework for March 29th

Comment on the interconnection between the parts of the poem Howl.
In the meantime, you can listen to Allen Ginsberg reading:

http://www.youtube.com/watch?v=WkNp56UZax4

13 comments:

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  2. Katarina Milosevic23 September 2014 at 11:51

    The line that immediately struck me was the first line of the poem "Howl"
    "I saw the best minds of my generation destroyed by madness, starving hysterical naked"
    The reason I picked this line is because of the message it carries , that I think Allen Ginsberg is trying to convey. I immediately thought about his generation who I believe were youngsters during the second world war and the consequences that must have have had on their minds even though they lived far from Germany. It was a dark period for almost any part of the world, followed by censorship and oppression that lead to an outburst of literary freedom a decade after.

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  3. The lines that remained in my mind and that I kept reading several times in this poem entitled 'Howl' by Allen Ginsberg were: "who lounged hungry and lonesome through Houston seeking jazz or sex or soup, and followed the brilliant Spaniard to converse about America and Eternity, a hopeless task, and so took ship to Africa"

    Setting his wheels in motion, or better said, these lines keep us wandering through different places, and even different continents exploring both pleasures and issues that people were confronting around the aftermath of the World War 2.

    The image that pops in front of me after reading these lines are lone and nocturnal, (not necessarily) repulsive people; both men and women in their 20's from a lower or medium class at a bar during a heavy rain night, having a pleasant conversation, while in the background music played, the 50's ‘cool’ Jazz, possibly Miles Davis. The discussions didn't have a purpose, a right or a wrong, a true or a false and not even a start or an end, but there were long silences and pauses so that each could reflect. Whenever they reached an impasse they ‘took ship’ to another subject, and this is how the nights were spent in the city.

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  4. One of the lines that caught my attention is line number 54 : "who threw their watches off the roof to cast their ballot for Eternity outside of Time, & alarm clocks fell on their heads every day for the next decade,". I think this line refers to how people try to avoid or escape time and end up subdued by time itself, with alarm clocks ironically falling on their heads as punishment. It seems almost like Time becomes a divine entity.

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  5. O verso que me marcou mais foi um que surge no fim da Primeira parte do poema: "the madman bum and angel beat in Time, unknown, yet putting down here what might be left to say in time come after death"

    Ginsberg faz aqui uma alusão visionária do que se viria e veio-se a passar. Penso que Ginsberg não criou "Howl" com o intuito de ser temporal, que marcasse uma época. Apesar de este ter vivido a sua juventude nos tempos de uma opressão mundial catastrófica, e de ser alvo, como tantos outros "artistas" e afiliados, da total força capitalista, anti-comunista e materialista dos E.U.A., penso que Ginsberg apela à manifestação contra essa força em tempos futuros. Ou seja, prevendo bem, que a máquina do sistema americano está em construção para o pior e que no futuro será mais instransparente do que é na altura, portanto mais "difícil" de detectar. De facto, na parte do verso "... yet putting down here what might be left to say in time come after death", Ginsberg fala na voz de toda essa geração "maluca", avisando a futura de que este poema pode ser usado para preencher o espaço do que faltaria/faltará ser dito na revolta intemporal.

    Para além da interpretação desta parte do verso, ainda há o maravilhoso e inesquecível principio deste, que nos lembra uma questão essencial do poema,(relação "maluco"-angélica que não é admitida pelos supostos "sãos", pois não a percebem (("unknown")) e nos refere uma alusão à geração Beatnik ("..angel BEAT in Time..").

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  6. The line that fascinates the most is rather calm and yet quite desperate: "who cut their wrists three times successively unsuccessfully, gave up and were forced to open antique stores where they thought they were growing old and cried". Having in mind the beginning I find that verse as a good example of the story of the individual described in the poem.

    After the emotional beginning come four inevitable parts of life: failed solution (wrists), acceptance (giving up), reality (stores) and imagination / escape to into it (thoughts about growing old). The most important part is probably that with distinctive sound ("successively unsuccessfully". It seem to imply that results of choices are mostly fate driven. No matter what path is choosen it ends in similarly in quiet fading into imagination. Of course this interpretation is only possible if one agrees to see the poem a game of connecting distant verses and not as a sort of litany.

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  7. A passagem que mais me marcou foi: "who threw their watches off the roof to cast their ballot for Eternity outside of Time, & alarm clocks fell on their heads every day for the next decade"

    Atirar relógios do topo de um edifício sugere um acto espontâneo realizado talvez num momento de desespero, de impotência e de vaga esperança de que esta ação permitisse o alcance da tão desejada eternidade, imortalidade do homem. O tempo é deitado fora num acto simbólico e aqui reduzido a um conceito simples meramente relacionado com um objecto material, o relógio. Mas também a eternidade é aqui encolhida para aconchegar proporções humanas mais compreensíveis e alcançáveis pela simples vontade do homem, é uma questão de escolha: "votar" na eternidade ou não.
    Contudo, esta tentativa ou esperança de controlar o tempo, a nossa mortalidade, é em vão pois cada dia o ser humano é trazido para a realidade e obrigado a encarar a sua pequenez, a sua fragilidade e a sua insignificância. Quando nos recusamos, o barulho do real impõe-se, abana-nos, e tal com um despertador, alerta-nos para vivermos o presente, não esperar um futuro interminável. A realidade "cai-nos" em cima, a noção da finitude do nosso tempo impõe-se.

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  8. Sofia Hilmer de Freitas25 September 2014 at 05:11

    "Howl" seems to do a great job at reflecting the frustration and malcontent the poet has towards American society at the time. This reader can, however, see why there are completely opposite opinions on the poem's perceived quality.

    "Howl" is structured similarly to a jazz poem, making full use of hyperbolic adjectives and allegories with interesting comparisons and turns-of-phrase. It encourages the 'mad and brilliant' to continue being so while accusing the system of terrible crimes, and society of being passive and lacking.

    This reader particularly liked the comparison of the government to Moloch, a god known to be associated to rituals involving child sacrifice, in Part II.

    One can understand why "Howl" was seen as such a unique poem after reading it; it encompasses the entire spectrum of emotions the Beat Movement attempted to express. It does not let anything it considers to be wrong off the hook with a simple slap on the wrist, either.

    That said, this particular reader finds that the comment "One part anti-Establishment rhetoric, one part sexual indelicacy, one part scatology and general grubbiness", posted by a YouTube user from an unknown reviewer, does still apply somewhat to "Howl", and indeed to most works from the Beat Generation.



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  9. "who wandered around and around at midnight in the railroad yard wondering where to go and went, leaving no broken hearts,".

    O verso que escolhi é, talvez, um dos mais simples deste poema dada a vasta riqueza presente em "Howl".
    No entanto foi o que me despertou maior interesse pois acredito que descreva o espírito desta geração, desta beat generation. Relembra-me os grandes nomes como Neal Cassady e Kerouac, e a sua viagem de Este a Oeste dos EUA. Vejo também uma referência a William Burroughs e as suas viagens a Marrocos; de como estes seres se perderam numa vida de drogas, Jazz, sexo e aquela sede por conhecimento, ritmo e uma conexão com uma força maior, impossível de matar.
    Este verso descreve uma geração com ideais que não pertenciam à América da altura, jovens perdidos no tempo, longe de aparecerem nos nossos dias. Eram donos de um espírito rebelde e intelectual, tentando não obedecer a quaisquer regras sem serem as suas. E, sempre, com aquele desejo insaciável de conhecer o Mundo lá iam eles: "leaving no broken hearts"

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  10. O mais intrigante desta passagem relaciona-se com o que a antecede mas também o que esta promete. As quadras anteriores falam como que de uma conspiração contra a sociedade e costumes americanos…um plano elaborado a partir de um hospital psiquiátrico.
    Em plena Guerra Fria e durante a famosa “caça às bruxas” qualquer ideia remotamente ligada aos ideais comunistas não só era motivo de censura e abafo como era considerada completamente louca e suficiente para levar ao internamento.
    O que desperta interessa nesta passagem é a forma como pode ser entendida, dá como que duas visões distintas sobre o mesmo assunto:
    - Num lado, está a impressão que o plano dá aos americanos comuns, ao exterior: esta conspiração não passa de uma loucura, um delírio balbuciado aos médicos, um prenúncio entre choques eléctricos, um conjunto de alucinações fraternas. No entanto, este devaneio está em estrita comunicação com a realidade: representa os medos da sociedade norte-americana e, proferidos por um homem num asilo, são mais uma razão para não se levar a sério este plano e desacreditá-lo.
    - O outro lado representa, no entanto, o outro prisma da conspiração: o sujeito poético é cúmplice de todo o plano, íntimo do perpetrador, embarca na loucura e alimenta-a, vendo-o como uma solução para escaparem à prisão que é o hospital e a sociedade americana.
    O que resulta destes dois lados é então a imagem que o sujeito poético concebe do que seria o dia da libertação repleta de cenários sonhados e que culmina nesta passagem que escolhi. Dar-se-ia um acordar repentino do “coma capitalista”, as armas seriam eles próprios, que nunca foram subservientes ao modelo americano (“by our own souls’ airplanes roaring over the roof (...)”), que sempre foram aliados na revolta: aviões que bombardeariam o hospital e todas as “prisões” do sistema. Tudo aconteceria de forma rápida, só haveria tempo de correr para rua, entrar na guerra eterna, as legiões de “prisioneiros” loucos seriam a revolução. De tal forma isto seria súbito que a própria Vitória sairia de casa nua só para gritar: “We’re free”.
    Esta passagem é o símbolo do derrube da sociedade ocidental, no entanto, plenamente consciente da sua própria irrealidade. É, então, o triunfo da loucura.

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    1. A passagem que escolhi encontra-se no final da III Parte:
      " I’m with you in Rockland
      where we wake up electrified out of the coma by our own souls’ airplanes roaring over the roof they’ve come to drop angelic bombs the hospital illuminates itself imaginary walls collapse O skinny legions run outside O starry-spangled shock of mercy the eternal war is here O victory forget your underwear we’re free"

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  11. O poema Howl de Allen Ginsberg encontra-se dividido em três partes. Juntas constituem um grito frustrado de rebelião, uma chamada de atenção de uma geração oprimida por uma sociedade conservadora, ansiosa e materialista que não compreende os seus desejos de exploração espiritual, de estados de consciência alternativos e de livre criação artística. Existem uma série de temas que se repetem ao longo do poema e que são transversais às três partes como, por exemplo, o tema da loucura, alienação e exaustão. Existe também uma contínua mistura da cultura e espaços dos Estados Unidos com outras culturas, assim como diversas referências bíblicas, a uma destruição eminente, a outros domínios artísticos como a música e ao espaço da estrada e conceito da mobilidade.

    A primeira parte foca-se na experiência destes “angelheaded hipsters” que apesar de alienados e sufocados pelo “narcotic tobacco haze of Capitalism” continuam a explorar a sua individualidade, receptivos e em busca de iluminação religiosa, subvertendo as normas que lhes são impostas. A segunda parte constitui uma denúncia da figura do Deus Moloch cujas características e acções são representativas dos males da própria sociedade americana da década de 50 e que o sujeito poético pretende criticar e expor como a causa do seu sofrimento e condicionamento da mente. A terceira parte é dirigida a Carl Solomon, um arquétipo das “best minds of my generation” aprisionadas e em sofrimento em Rockland.

    Em todas as partes são utilizados versos longos que procuram representar o fluir do pensamento do sujeito poético; o ritmo abrupto, rápido e espontâneo, pontuado pela respiração é mantido ao longo do poema com algumas variações. Enquanto na primeira parte a anáfora constituída pela repetência da palavra “who” marca o começo de cada verso, na segunda parte, apesar da repetição do nome do Deus Moloch marcar o início da maioria dos versos, este é repetido muitas mais vezes, conferindo a esta secção uma maior agressividade e tom acusatório. Contrastando, assim, com a terceira parte, que apesar da repetição do verso “I’m with you in Rockland”, não possui um tom denunciador, mas é uma descrição da gradual união entre Solomon e o sujeito poético, culminando em “O victory forget your underwear we’re free”.

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  12. Gonçalo Castro28 March 2016 at 11:28

    In the first part of the poem it is easy to recognize that the implied poet wants the reader to focus on the “who”, the “who” that he calls “the best minds” of his generation. And one can perhaps argue that these best minds are not what most people identified with at the time of the poem, they are drug users, crazy, obsessed, poets and musicians, out of the ordinary people. Unlike the others, these minds are battling the oppression of the implied author’s interpretation of Moloch, an Hebrew god that in this poem takes a different form. In the second part of the text Moloch represents the government, war, capitalism, the line “Moloch! Solitude! Filth! Ugliness! Ashcans and unobtainable dollars! Children screaming under the stairways! Boys sobbing in armies! Old men weeping in the parks!” and “Moloch the incomprehensible prison! Moloch the crossbone soulless jailhouse and Congress of sorrows! Moloch whose buildings are judgment! Moloch the vast stone of war! Moloch the stunned governments!” resonates with this idea of an entity that is responsible for evil and madness in society at the time. And then, in the third part of the poem we see the consequences of Moloch in one of these minds. Carl Solomon, a man that was treated for depression in the Columbia Presbyterian Psychiatric Institute, also known as Rockland. In Rockland he was subjected to shock therapy, had visions and nightmares until he is freed and ends up at the door of the implied author’s cottage.

    Gonçalo Castro

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